02 fevereiro 2009

Quase 5 anos após estrear, Orkut, finalmente, começa a gerar receita


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Pouco menos de cinco anos após ser lançado, o serviço online mais popular do Brasil deixou apenas de consumir e passou a render dinheiro para seu responsável.

Sem qualquer alarde, o Google começou a testar publicidade integrada à rede social Orkut para tentar transformar o acesso de mais de 17 milhões de brasileiros, segundo o Ibope//NetRatings, em lucros para a companhia.

Oficialmente, o Google Brasil afirma que começou testes com um pequeno grupo de usuários do Orkut no terceiro trimestre de 2008, e que a publicidade atingiu todos os outros inscritos antes do final do ano.

Não notou ainda? Entre na sua conta no Orkut e veja o grande espaço quadrado reservado aos banners. Ali rodam publicidades de serviços do buscador, anúncios de outras empresas e os links patrocinados do AdSense.

Não é a primeira vez que o Google Brasil tenta lucrar com o Orkut. Em agosto de 2007, o buscador foi forçado a parar os testes após o SaferNet pedir que o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) investigasse a veiculação de anúncios em comunidades com conteúdo criminoso, como pedofilia, tráfico de drogas e incitação ao ódio.

Os testes aconteceram um ano antes do Ministério Público Federal (MPF) encerrar a ação que mantinha contra o Google Brasil, que ameaçava até mesmo a operação do buscador por aqui, após novidades introduzidas pela empresa no calor da CPI da Pedofilia.

Pessoas próximas ao assunto afirmam que os problemas identificados na ocasião foram desvios não previstos e serviram como alerta para o desenvolvimento contínuo da ferramenta de publicidade.

A segunda maneira como o Orkut vem rendendo receita ao Google é o desenvolvimento de skins para companhias aptas a pagar o buscador, modelo empregado pelo MySpace (com bastante sucesso, diga-se de passagem) lá fora.

No Natal de 2008, a operadora Oi financiou o primeiro skin, em acordo financeiro cujos valores o Google Brasil não revela.

"O Orkut já gera receita", anuncia Carlos Félix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil. Se ele se paga? O Google Brasil não diz. Mesmo que ainda não, ver que a rede social preferida dos brasileiros deixou de ser apenas uma draga, seja de tempo ou de dinheiro, já é uma ótima notícia para o buscador no país.

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